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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O topo da sua montanha

Ao longo da vida, crescemos, mudamos e recomeçamos inúmeras vezes por vários motivos de diversos âmbitos, mas acho que no profissional é onde somos mais camaleônicos, instáveis ou mesmo eternamente insatisfeitos, por que buscamos um reconhecimento que nunca vem na altura desejada, ou quando pensamos em ganhar melhor sempre.

Lembro que aos onze anos de idade dizia que queria ser programador, sem nem ao menos ter tocado num computador que naquela época devia ser um 286 com a antepenúltima versão do MS-DOS, mas o meu começo profissional foi num depósito de farmácia, quando ganhando um salário razoável e tendo a grande chance de fazer Processamento de dados, fui cursar Administração de Empresas, por que o meu primo e colega de sala decidiu fazer esse curso.


Três anos perdidos, não me identificava com a área, o ensino era fraco, e por conta disso não tinha perspectiva de encontrar um estágio que me colocasse neste mercado de trabalho, no meio tempo disso sai do meu primeiro emprego. E foram cinco anos procurando diversos tipos de emprego, onde eu tinha cursos que não condiziam com a sua necessidade, até que comecei prestar concurso público e ingressei numa escola municipal. 

Lá ganhava melhor do que no meu primeiro emprego, mas trabalhar numa secretaria de escola para quem queria ser um profissional da área tecnológica, era tão divertido quanto assistir Domingão do Faustão e seus quadros de duas décadas de mesmice, não fiquei neste emprego nem seis meses, enfrentei a ira da família, por que este emprego que não suportava era o alívio financeiro no orçamento de casa.

E passei um ano deitado na cama olhando de forma agonizante para o quadro de Jesus do meu quarto, assistindo o clipe daquela balada rock ao piano onde a protagonista era uma moradora de rua, e eu estava no mesmo barco que ela, afinal me sentia abandonado pelos que estavam no mesmo teto que eu, e muito longe e aquém do caminho que sonhei (ser programador).

Como todo jovem sem formação superior e com a maioria das folhas da carteira de trabalho em branco continuava prestando concurso público sabia que aquilo não iria me fazer feliz, mas que poderia me trazer tranquilidade e estabilidade profissional, e enquanto a sorte grande não chegava, arrematava roupas para a oficina de costura da vizinha, e com isso cheguei a entrar no SENAI para me formar como técnico em informática com ênfase na área de redes, estava finalmente feliz, pois com o meu dinheirinho suado do bico que fazia, estava me formando na área de informática sempre o meu grande sonho.

Um belo dia minha mãe entra sorridente e com os olhos brilhando de emoção, era minha nomeação para trabalhar no Judiciário Eleitoral, quanto mais seus olhos brilhavam com a perspectiva de uma vida melhor, mais e mais a chama do meu grande sonho se apagava por dentro, mas como um bom filho, coloquei minha mãe e família acima de mim.

Hoje, nove anos depois, trabalhando no meu terceiro cartório eleitoral, e num almoxarifado entre este meio tempo, vejo que da mesma forma que aos 16 anos, estou trabalhando para o meu sustento e boa condição de vida que de fato alcancei, mas agora aos 35 anos ainda não senti o gosto dentro de mim de trabalhar no que se formou e sempre sonhou.

O serviço público é um grande porto de segurança para quem tem medo da vida ou não acredita suficientemente no seu potencial, medo da vida já tive há muito tempo atrás, mas o meu potencial, nunca desacreditei dele, sei do meu poder, inteligência, dom e talento nato para algumas coisas, portanto, nesta grande batalha que é a vida, nunca deixem colocar incertezas e temores dentro de ti, nunca é tarde para recomeçar a estudar e até mesmo mudar de carreira em alto estágio de vida e idade. 

O sol nasce para todos com o mesmo brilho, calor e luz, para a criança que está no primário, para o adolescente que está começando ensino médio, para o adulto que terminou sua faculdade, para a pessoa de meia idade que esta consolidada na sua empresa, e também para o recém-aposentado que desfrutará de anos de dedicação e contribuição para este país que não faz por merecer o seu trabalho, enquanto existir pulsação nas veias, o coração ainda bater no peito, você poder ouvir as ondas do mar e contemplar o nascer do sol, ainda está em tempo de buscar o topo da sua montanha.


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