Sentido de Ser

Dias atrás estava dizendo na minha sessão de psicologia que pelo meu jeito de ser, personalidade e natureza de espírito, que deveria ter nascido nos anos 60 em plena Beatlemania, hippies e filosofia de paz e amor (risos) mesmo eu sendo assumidamente muito mais fã de Rolling Stones musicalmente falando.

Vejo como a juventude, desde sua pré-adolescência e muitos já com seus quase 40 anos de idade vivendo obcecadamente pela busca, vivência e experimento de sensações passageiras e porque não dizer efêmeras?

Nunca fui pegador e nem baladeiro de plantão, mas tenho um irmão que seja namorando seja solteiro frequenta a noite e conta a gandaia de seus amigos de mesma idade ou 10, 15 anos mais velhos, e o tanto de moça solteira que se entrega a estes homens que em boa parte são noivos ou casados sem muito esforço desses para tal aventura e prazer fácil é impressionante.

Quando adolescente e começo de fase adulta a frase “homem trai bem mais que mulher” era unanime não só entre mulheres como também entre os próprios homens. Vendo esse mundo de hoje onde além das novelas terem aquela história clichê de 40 anos atrás da mulher ou homem atraente que se casa com uma pessoa rica cheia de poder e posição social para “vencer” na vida sem esforços, hoje não existe somente  a luta pelo “Money, Glory and Power”, mas também há a luta pelo status da beleza e ostentação do sexo fulgás a base de atração física.

Vale muito mais estar com o (a) garotão (a) malhado (a) da balada, academia ou faculdade, do que olhar com atenção e dar e se dar uma oportunidade para aquele (a) que está ali dentro do seu mundo interior muitas vezes pensando em como se aproximar de você se deve lhe dar uma flor ou escrever uma poesia ou carta anônima, mas esse (a) é o (a) careta, fora da moda e do tempo da brilhantina para a juventude descolada, moderna e antenada dos dias atuais.

Pode ser que entre marido e mulher a incidência de traição seja maior entre os homens do que nas mulheres, mas para os que são noivos, namorados ou “peguetes” um do outro a traição é igual, no mesmo grau de porcentagem e incidência para ambos os lados porque a mídia e a própria base de educação familiar e estudantil te induz e estimula a aceitar isso como padrão e modelo de felicidade e vida bem vivida.

Eu prefiro ser a moda dos anos 60, mesmo que tenha apenas 2 ou 3 relacionamentos amorosos marcantes, pois isso vale muito mais do que ter dezenas de ficantes frívolos ou ter uma rede sexual ou mini grupo para gandaias e estripulias que trazem a satisfação e bem estar do físico, mas que não prepara e traz nada que seja duradouro e definitivo na sua vida e o amor é definitivo e a paixão / atração física hoje em dia é uma moda passageira no melhor estilo: “ O nosso amor a gente inventa / Pra se distrair / E quando acaba a gente pensa / Que ele nunca existiu (Cazuza)”